Resistance 3 - Análise

Resistance 3




Quem se lembra de Resistance? Quem gostou muito de Resistance 2? São poucos, mas também, eles nunca foram exemplos categóricos para o gênero dos jogos de tiro em primeira pessoa. Traziam sim suas qualidades, com uma história interessante - uma invasão alienígena nos anos 40 - e armas pouco convencionais. Mas não foram referência na hora que você precisou citar os 10 jogos que você mais gostou. Talvez isso mude comResistance 3.

Colocar lado a lado Resistance 3 e seus antecessores é de uma crueldade sem igual. O jogo nem parece que seguiu do mesmo DNA. Mesmo sua primeira demo, apresentada durante a E3 2011 é diferente da versão final. É impressionante como os gráficos interagem com o efeito 3D (opcional) sem parecerem redundantes - do tipo "vou jogar algo na sua cara só porque é 3D". O recurso trabalhou bem o que o jogo lhe oferece, apesar de deixar o visual um pouco mais escuro (nada que uma nova regulagem no brilho não corrija).

A história começa exatamente depois dos acontecimentos de Resistance 2. Natan Hale, o herói dos dois primeiros jogos está morto, e o responsável por sua morte foi Joseph Capelli, SÓ o protagonista do terceiro jogo. Isso, caso você já tenha começado a me xingar, não é spoiler algum, são apenas os acontecimentos retratados do jogo anterior logo no começo de Resistance 3. Get over it.

A angústia de não conseguir exergar um futuro melhor nem para ele próprio, muito menos para sua família (esposa e filho), dá o tom do jogo inteiro. O pessimismo ao olharmos para o horizonte e prestigiarmos os humanos aniquilados e os seres extraterrestres dominantes faz a gente pensar: "Por que caralhos eu estou me dando ao trabalho de ajudar esse cara?!". Mas essa tensão no ar é essencial para o bom andamento da história e o coloca no clima de "sem salvação". Isso e mais o sistema hardcore de vitalidade do personagem.

Leite com pêra? Aqui não!

Resistance 3 trouxe de volta um sistema abandonado lá atrás pelos jogos de tiro em primeira pessoa: a barra de vida. Nada de geléia de morango na sua cara, sem essa de ficar abaixado e escondidinho até que sua vida volte ao normal. A geração Call of Duty (sem contar o primeiro jogo) vai ter que se acostumar com a vida limitada e os míseros 'life packs' na cansativa luta contra as Quimeras de R3.

Mas não se preocupem, pois não é o caso. A vida em Resistance 3 não é tão curta ao ponto de irritá-lo, e é só você não bancar o herói dos filmes de ação dos anos 90 que tudo ficará bem. A não ser, é claro, que você se depare com um alien tipo aranha gigante, e precise enfrentá-lo no mano a mano, tête-à-tête. Aí, meu amigo, encontre um local seguro para se abrigar e tenha muita paciência para acertar os pontos fracos do bichão.

O arsenal de Capelli é o ponto alto do jogo. Ao todo são 12 armas e mais quatro tipos de granadas. Algumas já são conhecidas dos veteranos, como a arma que dispara um plasma que atravessa paredes ou a Magnum dos tiros explosivos, mas temos brinquedos novos no arsenal também: uma arma congelante, outra que dispara gás venenoso e até alguns tipos inéditos de granadas. Tem até um martelão pesado para evitar que balas sejam gastas com inimigos menores.

Todas essas armas possuem uma espécie de tiro secundário e a possibilidade de sofrerem upgrades de acordo com a sua utilização. A Dead Eye, por exemplo, é um tipo de sniper que seu disparo secundário gera uma descarga de energia com força suficiente para atravessar mais de um inimigo por vez. Já o Atomizer, que dispara raios contínuos, gera um pilar de energia que atrai para si todo inimigo que se aproximar, incinerando-o instantaneamente. Para alcançar os níveis máximos de cada arma, basta que você a use constantemente. Facinho.

Chama a galera aí!



multiplayer de Resistance 3 perdeu um pouco da sua robustez (era possível um cooperativo de até oito jogadores e 60 no competitivo, em RE2) e agora conta com até 16 jogadores e a possibilidade de jogar o modo história (oficial) com um amigo. Segundo os produtores do jogo, isso foi para que a jogatina online ocorresse de forma mais rápida, já que salas de 60 pessoas eram muito difíceis de serem preenchidas.

Aí temos praticamente os mesmos modos de jogo, mas com uma ou outra variação. A principal delas decorrente dos pontos adquiridos durante as partidas, que são automaticamente convertidos em buffs automáticos - do tipo "mate quatro jogadores e ganhe um escudo de energia". São tantos e tão variados (incluem força, velocidade, mira, stamina, etc) que possivelmente você não vai enjoar tão rápido do jogo.

Além dos buffs, temos habilidades intrínsecas à classe escolhida. São quatro ao todo, e podem ser personalizadas com armas e demais acessórios, basta que você alcance determinado nível de experiência para liberar todo arsenal. Já fique avisado que as armas que vêem através das paredes (e realizam disparos assim também) são as mais devastadoras no multiplayer online.

Não é difícil nos depararmos com certos bugs no jogo. Cenários que travam, cutscenes que deveriam, mas não acontecem e os já famosos cadáveres que não param de se mexer. A maioria dos problemas que já acontecia em Resistance 2, reapareceu no terceiro capítulo do jogo. Quase sempre não interfere no bom andamento do jogo, mas incomoda em certos momentos, principalmente nos casos de jogos multiplayer (co-op).

Resistance 3 é o melhor jogo da franquia, que permanecia, de certa forma, apagada dentro do contexto dos grandes exclusivos da Sony. Agora com essa nova investida Quimera, não é nada difícil pareá-lo com os peixes grandes da empresa. Só faltou uma certa coragem para trabalhar o final do jogo, que não condiz com todo o panorama que eles nos mostraram em quase 6 horas de campanha single player. Culhões, galera! Dêem ao povo o que eles não querem, não o que eles esperam!

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